Delegada Rose falou sobre as conquistas das mulheres

Renê Gardim – Da Assessoria de Imprensa

Desde a criação da Delegacia da Mulher, em 1985, até os dias de hoje, os avanços no combate à violência contra as mulheres foram muitos. Mas existe muito a se fazer, de acordo com Rosmary Corrêa, a Delegada Rose, que falou ontem durante evento do mês da Mulher, na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi, em São Paulo, para um público de 150 aposentadas.

Com uma trajetória de mais 30 anos em defesa dos direitos das mulheres, a delegada dirigiu a primeira Delegacia de Defesa da Mulher do mundo, em São Paulo, em 1985. Segundo ela, foi esse trabalho que ajudou a revelar os números alarmantes da violência e a encorajar a denúncia contra os agressores.

Mesmo assim, ela aponta a necessidade de mais medidas para coibir a agressão contra a mulher no país. “Já existem estrutura para acolher as vítimas e punir os agressores. Mas faltam investimentos para tornar esse apoio efetivo”, analisa.

Rose aponta também a educação como fator determinante para a mudança. “Esse problema tem que ser discutido nas escolas. Porque o abuso começa em casa e se repete nas ruas”.

Ou destaque da Delegada Rose é a criação, em 2006, da lei Maria da Penha (lei 11.340/06). “Uma das melhores leis do mundo no atendimento a todos os tipos de violência contra a mulher“. A norma criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Embora a evolução caminhe a passos lentos, o direito feminino é uma conquista que continua crescente nas leis brasileiras, analisa Delegada Rose. 

Na abertura do evento foi apresentado vídeo do presidente do Sindnapi, Milton Cavalo, cumprimentando as participantes e renovando o compromisso do sindicato com os direitos das mulheres.

Mulheres na história

Outra palestrante durante o evento desta sexta-feira (22) no Sindnapi, foi a psicóloga Neusa Inocentini, que destacou a presença de mulheres “de coragem” na história do Brasil. “É graças a elas que hoje nós temos liberdade de nos vestirmos e agirmos como quisermos”, afirmou.

Lembrando nomes bastante conhecidos como Maria Quitéria e Dandara dos Palmares, Neusa analisou que a sociedade ainda precisa de mulheres fortes para avançar na igualdade da mulher.

Também participaram do evento a diretora das Mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, e Maria Euzilene Nogueira, a Leninha, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.